HISTÓRIA DA CONFRARIA
ANTECECEDENTES, A COMISSÃO INSTALADORA
ANTECECEDENTES, A COMISSÃO INSTALADORA
Em 19 e 20 de Março de 2016, cerca de 200 pessoas reuniram-se em Vila Franca de Xira para participar no 2º Fórum Ibérico do Tejo. Estiveram presentes cidadãos portugueses e espanhóis que participaram activamente nos trabalhos.
Analisaram-se temas como a gestão insustentável dos recursos da água, o mito da rentabilidade dos transvases, o património histórico-cultural do Tejo e a sua conservação e valorização, a reabilitação de linhas de água da bacia do Tejo, a astronomia no Tejo, a gestão dos recursos hídricos do Tejo, a utilização da água na bacia do Segura, as afinidades históricas entre Castilha – La Mancha e o Ribatejo, a valorização e a conservação do Tejo, e o legado cultural vivo que este rio representa.
Deram corpo e alma a estes temas um conjunto de especialistas como Angél Monterrúbio Perez, António Carmona Rodrigues, Beatriz Larraz Iribas, Carlos A. Cupeto, Enrique San Martín Gonzaléz, José Bastos Saldanha, Julia Martinez Fernandéz, Máximo Ferreira, Miguel Mendez-Cabeza e Pedro Teiga.
Estiveram presentes 26 autarquias, incluindo a anfitriã Vila Franca de Xira, das quais 15 Câmaras Municipais – desde Mação até Alcochete – que se fizeram representar através de stands de promoção local. De Espanha estiveram os Ayuntamientos de Talavera de la Reina e de Toledo. Esteve igualmente uma representação de Aranjuez. No grupo de conferencistas e de pessoas presentes estiveram representantes de cinco universidades – três portuguesas e duas espanholas – assim como de dois Institutos Universitários e um Instituto Politécnico (de Setúbal).
Ao longo dos dois dias, o 2º Fórum Ibérico do Tejo foi o centro de um dos mais urgentes debates do nosso tempo e aí foi decidido, em sessão própria, criar a Confraria Ibérica do Tejo (CIT), tendo para o efeito sido nomeada uma Comissão Instaladora eleita pelos participantes.
A dimensão transfronteiriça do Tejo implica uma visão ampla e multidisciplinar que esteve reflectida nos temas da iniciativa - Economia, Cultura e Meio Ambiente - e esses passarão a constituir o objeto social e o foco de acção da CIT.
Pode sintetizar-se o espírito da futura associação como uma plataforma não reivindicativa, criada para aproximar pessoas e entidades ao longo do Tejo ibérico, para confluírem em pontos de entendimento válidos para o desenvolvimento harmonioso e sustentável das comunidades ribeirinhas.
Com este espírito desenvolver-se-á uma actividade ao longo das comunidades situadas na bacia hidrográfica do rio que propicie a partilha de valores, sentimentos e interesses das populações e dos agentes políticos, económicos, culturais e ambientais, porque o Tejo precisa de recuperar a cumplicidade e a ligação entre os seus povos, através de projectos e de acções que devolvam a identidade ao rio e captem os investimentos que segurem as populações às suas origens. Além disso, a CIT procurará promover ações conjuntas com entidades que comunguem os mesmos princípios, ainda que localizadas noutras regiões da Península.
A criação desta associação tem data marcada para 25 de Março de 2017, às 15 horas, no Museu do Neo Realismo, em Vila Franca de Xira.